30 janeiro, 2007



OS ÍNDIOS AWÁ-GUAJÁ

Conhecer e fotografar os índios Awá-Guajá foi um sonho realizado. Uma experiência e tanto. De passagem por São Luis/MA, ventilou-se uma possibilidade de conhecermos uma tribo indígena, no noroeste do Estado. Contatamos com a FUNAI e partimos da capital do regue brasileiro, indo direto para o posto da FUNAI, na cidade de Santa Inês, a procura do contato e do tão sonhado momento.
Viajamos três horas por estradas perigosas, cheias de curvas e ladeiras, até chegarmos às margens do rio Caru, já de noitinha. Pegamos uma canoa chamada Avoadeira e, do outro lado, pisamos nas terras dos Awá-Guajá. Andamos um quilômetro e já estávamos no acampamento da Fundação Nacional do Índio, onde nos alojamos.
Depois do jantar – cozido de peixe com farinha bem grossa - sentamos na varanda. Quando começamos a prosar, chegaram dois índios falando em Tupi-Guarani, dizendo que fizeram a takaia para a cerimônia de “Ohó iwa-beh” (em português “viagem para o céu”).
Estávamos com sorte, pois a nossa permanência seria de apenas uma noite e uma manhã, e sabíamos que esse ritual se tornara raro para os Awá. Portanto, um presente dos Deuses, deles.
Pegamos o equipamento e fomos à tribo, numa noite de lua nova e um céu cheio de estralas. Ao chegarmos, negociamos com o cacique que teríamos de interferir em alguns momentos, usando uma lanterna pequena e um flash embutido para termos um pouco de luz.
Fotografamos e voltamos maravilhados com o que vimos e clicamos. Na manhã, bem cedo, voltamos e completamos a nossa permanência, registrando os aspectos da tribo e de sua gente.

Os Guajá, que vivem na pré-Amazônia brasileira, constituem um dos últimos povos caçadores e coletores do Brasil. Além dos aldeados pela FUNAI, um certo número de Guajá vive na floresta, sem contato permanente com a nossa sociedade.
Eles se autodenominam Awá, termo que significa “homem” ou “pessoa”. Os Awá-Guajá em contato permanente vivem no noroeste do estado do Maranhão, nas Terras Indígenas Alto Turiaçu e Caru, ambas já demarcadas e homologadas, estabelecendo um terreno contínuo, em tese menos sujeito às invasões.







































































































2 comentários:

Denise disse...

Hugo, as fotos da reserva indígena estão fantásticas, em especial a da mãe e sua filha (IMG_2236.jpg). Que expressão no olhar tem a mulher! Parabéns pelos cliques!

Anônimo disse...

Já queria dizer que uma era especial e logo vinham outras .
Ainda assim vou destacar a foto com os dois meninos, a panela no fogo(apagado) e a luz do sol tentando entrar...fantástico! Sem contar a coceira do garoto.Dá até pra sentir.Sshh !!
Parabéns, Hugo.As fotos são aulas, e tem um livro sendo confeccionado...percebe?
Beijo,
Simone Sodré